A chegada é iminente
A partida já se passou
E eu ainda procuro a passagem
Não fui com todos

Ainda procuro algum motivo
Ainda me vejo diante dos meus olhos
No espelho procuro um novo mundo
Mas não me encontro em nada

No deserto eu caminho
E no caminho eu me perco
E na perdição eu procuro
E na busca eu nada encontro

Uma alma que me dê esperança
Não há nada além de pedaços
No chão eu vejo a tristeza
E na tristeza eu vejo o sol queimar

Na minha ilusão o mundo não é escuro
É claro e luminoso
E me cega saber que não posso esmorecer
E procuro alguma alma que me leve com ela


Aos poucos vou me descobrindo
Como um labirinto eu também me perco

Entre paredes frágeis e vazias
Escuto choro do outro lado do corredor
O que são esses sons?

Eu bato na porta duas vezes
Mas ninguém atende
Será que sou eu mesmo que estou aqui?

Distante do inicio
A entrada se perdeu no meio de tantas viradas
Me perco mas me permito descansar

As intrigas dos vizinhos
Eu nunca encontro ninguém no meu caminho
É uma busca solitária
E bato na porta mais uma vez

A loucura me prendeu
E distorceu meu mundo ideal
Plantou na minha cabeça algo que desconheço
Corro como uma criança com medo
Mas me perco no caminho

Viro para todos os lados
Mas não me encontro
E ouço alguém bater na parede
Será que devo ajudar?

Não sei dizer quem é bom ou mau
Eu tenho um segredo para contar
Não sei qual porta é a certa
Eu não vou mais sair daqui


O tempo vai passando com a mesma ilusão
Jogando tudo para o alto
Eu ainda flutuo na mesma desilusão

Ao dizer adeus eu vi minha sorte chegar
Me transformei em vários pedaços
Mas me achei em várias canções

Tudo se foi e se vai
Mesmo que o norte vá para o sul
Eu ainda estarei à espera de algo

No horizonte encontro algo que não sei
Apenas espero um passado
Que ainda não passou

Mergulhar no mar do esquecimento
Para permanecer no caminho do futuro
E o passado vai passar
Tardiamente tarde, mas passará...

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